
Essa é a primeira vez que escrevo para este blog. Eu havia imaginado começá-lo com um texto supostamente bem mais “cabeça” e que falasse sobre o “novo”, mas por quê? Se posso fazer diferente!!!
Mas por que falar do “novo”!? Pode parecer estranho questionar a respeito disso, mas todos nós convivemos com ele diariamente e está sempre presente, desde o momento do nascimento até a hora da morte.
Tentando não fugir do meu foco e me mantendo distante de uma reflexão filosófica, que provavelmente vai parecer impossível, neste último final de semana, fui com alguns amigos assistir o filme Superman – Returns, do diretor Bryan Singer, aquele mesmo que dirigiu X-men 1 e 2.
Cheguei ao “Multiplex” com uma enorme expectativa a respeito do longa-metragem, mas que de certa forma, não deveria, por estar cansando de me decepcionar com badaladas produções cinematográficas (leia-se ,principalmente, Código da Vinci) e poderosas estratégias de marketing que pouco a pouco vamos nos habituando e conhecendo melhor.
Enfim, chegando à sala de cinema, teve início mais uma tragédia aos idos do teatro grego com pitadas de situações “telenovelescas”, esta última, tão comum ao grande público. O filme parece mais uma analogia a vida de Jesus Cristo, me perdoem os cristãos mais fervorosos pela comparação.
O Superman de Bryan Singer, que insiste em aparecer na posição de uma pessoa crucificada, vai ao exílio em busca da sua verdade e quando retorna, passa por diversas provações e “morre”, no caso do nosso personagem contemporâneo, após ter sido espancado pelos capangas Lex “Pilatos” Luthor.
A ressurreição deste marco dos quadrinhos, não é tão gloriosa quanto à do filho de Deus, até por que ela e grande parte do longa – que é realmente longo, 153 min – foi recheado de clichês baratos, cenas previsíveis e algumas atuações que não estiveram a altura dos personagens importantes da trama, que foram encarnados por atores inconsistentes e inexperientes – salvo o ator Kevin Spacey , que interpretou e “incorporou”o personagem megalomaníaco e carismático de Lex Luthor.
São pequenos detalhes como estes que fazem com que o público perceba que não vale mais a pena ir ao cinema para ver um filme apenas pelos atrativos dos cartazes, teasers e trailers amplamente divulgados.
Esta, apesar de ser uma película baseada em um personagem tarimbado dos quadrinhos e com uma história pré-deterrminada, é importante que tantos clichês sejam evitados e que novidades como os efeitos sonoros agregados ao "param-pam-pam-pam" - tema clássico de John Williams – Superman I, II, III e IV sejam mais freqüentes e que os roteiristas sejam mais ousados, sem que a história tenha que ser comprometida para isso.
Apesar do “novo” gerar medo nas pessoas, por ele ser potencialmente perigoso, este é o risco que temos que correr para que nossa gama de sensações e experiências se amplie ao ponto de percebermos que dentre as principais engrenagens que movem as nossas vidas existe esta: “O novo”!!!