segunda-feira, fevereiro 25, 2008

"Ser ou não", eis a questão

Escolhas. É surpreendente como um fator pode estar tão inerente a nossa vida de uma maneira que a faz ser como é, mas por outro lado, a transforma todos os dias.

De forma incessante e, a todo o momento, estamos rodeados de situações nossas, de outros e, em alguns momentos, por algumas que aparentemente não têm relação alguma conosco, as quais temos exigidas nossas deliberações para a resolução ou o desenrolar de uma episódio comum ou não de nossas existência.

Nesse sentido, imagino que a grande dificuldade da vida não está nas escolhas que fazemos. Quando preferimos um tipo de pão a outro ou mesmo em uma árdua decisão entre um suco de laranja ou de manga. Para mim e - sinceramente, penso eu - para muitos outros, o maior intempérie da vida é conseguir lidar com as conseqüências, por vezes, extremamente duras e em dados momentos desproporcionais às nossas decisões.

Creio eu que não deve existir uma fórmula mágica, nem para aprender a lidar com o momento difícil da decisão, muito menos com a missão de lidar com os resultados dela em relação a nós e aqueles que nos cercam. Mas a experiência que conseguimos em cada um destes momentos nos proporciona uma maior maturidade para encarar essas situações

Independente disto devemos estar cientes que tal ônus é um fardo o qual estamos destinados a carregar por toda a vida e com o qual precisamos aprender a conviver diariamente.

Não pretendo finalizar esta pequena reflexão com um conselho ou uma "receita de bolo" para a vida - quero fugir deste momento Ana Maria Braga - contudo, desejo apenas alertar para um detalhe o qual muitos de nós nunca atentamos, mas que é primordial para encaramos de uma maneira mais sensata o momento em que nosso julgamento é requerido: Algumas de nossas escolha podem ser tão importantes que deverão nos "premiar" ou mesmo nos "assombrar" pelo resto da vida.

Então quando ponderarem e se indagarem pelo "ser ou não ser?", pensem bem na questão.

terça-feira, fevereiro 12, 2008

Alfarrábios na telona: eis a questão

Ultimamente tenho ido ao cinema com bastante freqüência e tenho visto uma série de adaptações de livros e quadrinhos para o cinema e, mais do que isso, tenho observado a inconsistência dessas produções que nem de perto, se assemelham a grandeza de seus respectivos nas páginas de papel.

Antes que pensem que estou me metendo em meio aos cinéfilos, quero deixar claro que sou apenas um curioso-espectador que não que deixar de expressar sua humilde opinião.

Pois bem, o "alvo" dessa pequena crítica poderia ser direcionada apenas ao filme "Os Seis Signos da Luz" (no original "The Dark Is Rising"), no entato, quero abarcar as adaptações trazidas pelos engravatados de Hollywood as quais com a mesma têm suas respectivas películas nas telonas, mas que desapontam com um roteiro fraco e frouxo em relação as estórias que as inspiraram.

O filme citado narra a estória de um garoto que descobre às vésperas de seu aniversário de 14 anos ele foi o escolhido para restaurar o equilíbrio entre as trevas e a luz com a ajuda dos "Old ones" e dos seis signos.

Eu, particularmente, tive como experiências recentes e negativas em relação a esse tipo de adaptação (A Bússola de Ouro e Código Da Vinci) e até poderia citar outros que, apesar de não poder fazer comparações diretas entre filme/livro por falta de conhecimento específico de uma parte ou outra, tenho referências infindáveis de que a fidelidade se deu mais ao nome da produção do que ao próprio conteúdo “incrustado” na celulose alfarrábia.

No caso da "Bússola de Ouro", o livro trata como ponto principal a igreja e a forma como ela deseja controlar seus "fiéis". "No Código Da Vinci", várias cenas foram alteradas e outras nem entraram no filme.

Tudo bem, alguns irão sair em defesa dos “longas” e dizer que em cerca de duas horas de película não é possível concentrar o conteúdo de 400 páginas. Então me pergunto, por que fazer ?!

Não vou ser hipócrita e dizer que não fico ansioso quando descubro que aquele livro incrível que li será "materializado" num filme. Mas por outro lado, também fico receoso por não ter a certeza de até que ponto tal adaptação será fidedigna. Por que na verdade - e posso divagar por horas a respeito - as páginas dos livros possuem uma magia intangível e imperceptível quando ele está lacrado. Mas basta apenas abrí-lo e folheá-lo por alguns instantes que uma nova realidade se cria, países, mundos inteiros, populações e sociedades passam a fazer parte de nossa vida e, tudo isso, da forma como nós mesmos podemos formular através das nossas particularidades, imaginação e cognição...

Quero deixar bem claro que adoro cinema. Adoro o cheiro de pipoca e o gostinho do refrigerante gelado descendo leve pela garganta. Mas nem de perto essa sensação consegue se aproximar daquela em que imaginamos o clímax das páginas centrais do livro na qual o professor Robert Langdon descobre a "verdadeira estória" por trás do Santo Graal.