
A atividade política que anteriormente mantinha uma determinada distância das redações (nem tanto), passou a rondá-las com o intuito de contaminar a produção da notícia e agregar a ela idéias e ideais. Quando cito o vocábulo “produção”, como no parágrafo anterior, este deve ser levado ao seu significado literal, ao qual remete a própria criação, no sentido de transformar em notícia algo que de alguma maneira, possa favorecer este ou aquele grupo político detentor do poder e neste conceito a própria informação.
Cada vez mais, este poder político está presente nas empresas midiáticas, definindo o que é viável a ser publicado, pois quando certos grupos não são donos do veículo, utiliza de sua influência para direcionar a divulgação de uma informação, ou pelo contrário, utilizar esta para atacar grupos de ideologias contrárias.
O jornalista tem por obrigação aprender a conviver com esta dura pena que lhe é passada e tentar ao máximo possível manter ético e preservar o bem mais precioso que o jornalismo possui: a informação.
Os obstáculos à informação existem há tempos, contudo esses novos entraves à prática jornalística, a submissão política e ao capital, estão transformando-a em uma atividade paralela à política que faz com que a liberdade de imprensa afunde no mesmo barco em que a política, graças a sua falta de credibilidade e transparência.
No Longa-metragem, Todos os Homens do Presidente (1976), homônimo ao livro escrito pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein do jornal americano Washington Post, é mostrada a dura batalha entre um periódico “estadunidense” e esse inimigo por vezes invisível, mas que se revela mais forte do que se imagina e tenta cercear a liberdade de imprensa, usando a própria imprensa para atacar, além de deixar poucos indícios que fazem com que os jornalistas tenham que se desdobrar para ter êxito em uma das investigações jornalísticas que se tornou um dos marcos da história da comunicação; o caso Watergate.
No filme, já os créditos de abertura que aparecem com um som violento das letras sendo escritas numa máquina de escrever mesclando-se ao som de tiros disparados por um revólver, exibem de maneira sútil que as palavras serviam, e ainda servem como armas poderosas.
Passamos a viver em um mundo paralelo, numa batalha voraz e sem precedentes da imprensa contra a imprensa, confronto esse incitado por forças políticas distintas que tentam ao seu bel prazer, manipular a informação, transformado as mídias em fantoches e indiferentes a destruição de uma atividade tão preciosa para a sociedade: o jornalismo.
5 comentários:
Realmente, o jornalista tem que se manter ético para não cair nessa onda de manipulação, pois muitos aproveitam-se desse "poder" jornalístico sobre a sociedade para fazer dele um meio de divulgação, o que muitas das vezes é feito através de regalias que são oferecidas, e que muitos profissionais aceitam, deixando pra trás todo seu respeito pelo compromisso com a informação por meros "mimos". Infelizmente, isso é real, e, acima de tudo, bastante vergonhoso. ><
é, atualmente a imprensa tá muito associada a ideais capitalistas, alguns jornalistas nao expressam sua opiniao com receio de "ferir" os ideias de quem paga o seu salário. infelizmente, a liberdade de imprensa não é tão liberal assim. :P
A muito tempo, que os jornais publicam notícias de interesses da menoria. Notícias nas quais não interessam a maioria da população.A politica é de quem pagará mais pela noticia, deixando de lado toda a ética jornalística.
belos textos, grande Bruno! vou favoritar seu blog..!
Vc eh foda!
mto bom o txt!!
o do pan eh melhor ainda!!
bjaum amore!
uq há vc!
ehhehe
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