domingo, abril 13, 2008

Do Coliseu aos gramados

Futebol. Esporte adorado em dezenas de países e festejado no mundo inteiro. Basta uma bola rolar num tapete verde que o coração bate mais forte e milhões de pessoas vão às arquibancadas ou param diante de um aparelho de TV para assistir ao qualquer jogo que seja.

Mas, para outros, o futebol se tornou apenas um subterfúgio - uma desculpa - para transformar uma festa de multidões em um palco de selvageria, uma arena medieval dos tempos do Coliseu, em Roma.

É assustador como muitas dessas pessoas, que se dizem torcedores, saem de casa com o único propósito de ocupar espaços na arquibancada de um estádio de futebol e se digladiarem, sem justificativa alguma, apenas pelo prazer de exercer poder e de praticar a violência gratuita.

Mas por que isso ainda ocorre? Bem, tanto pela impunidade, quanto pela venda de álcool durante as partidas (é, ele libera impulsos resguardados pelo bom senso). No entanto, creio eu, que este fato ocorre bem mais pela cultura da violência e do egoísmo, em detrimento da educação e da partilha, do que por qualquer outro motivo.

Hoje, as crianças nascem e já são expostas a todo tipo de violência gratuita e a uma sociedade que nos ensina, a cada dia, a pensar mais individualmente e menos no coletivo. Uma cultura que preza o ter e não o ser.

Infelizmente, paradigmas (nesse contexto, padrões de comportamento social) que se arraigaram no ventre de nossa sociedade e não podem ser mudados de uma hora para outra, mas sim no movimento gradativo de uma verdadeira evolução humana.

Quanto a medidas imediatas para resolução do problema, precisamos banir dos campos de futebol essas pessoas que mancham a imagem dos verdadeiros torcedores que se reúnem para ir aos estádio e cantar, vibrar todo seu amor pelo time do coração e pelo esporte mais aclamado de todos os tempos; o futebol.

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